Secretário classifica movimento de parentes de PMs como 'palhaçada'.
Este secretário é um político que depende do seu cargo de confiança, esta fazendo das tripas coração para não perdê-lo por isso ele como tantos outros políticos e oficiais da PMES estão fazendo de tudo para parar este movimento, eles não estão nem ai para os PMs, oficiais e praças para eles são lixos e para esta sociedade que agora sabe o que é estar sem a PM, sofrem as consequências de inclusive não apoiar a categoria, foi muito bem feito para esta sociedade hipócrita estarem passando por isto, da próxima vez valorizem seus policiais porque o estado, os governantes, políticos de todas as classes só querem saber dos direitos deles, dos bolsos deles, das contas bancárias deles.
A parte boa do povo estão cansados disso tudo ? Imaginem os PMs com um salário de miséria dando a própria vida por quem não querem nem saber deles, é muita imbecilidade de um povo e de um governo corrupto.
A maioria dos policiais torcem para que parem no país inteiro principalmente para acabar com desmandos tipo este regulamento que só escraviza o praça entre outras barbáries que acontecem dentro das corporações.
Fernando Almeida
Parentes não deixam os PMs saírem de quartéis e cidades vivem caos. André Garcia classificou o movimento das famílias como "palhaçada".
O Secretário de Segurança Pública do Espírito Santo, André Garcia, informou, nesta terça-feira (7), que as famílias dos PMs que protestam em frente aos quartéis e impedem a saída dos militares não serão retiradas à força do local. “Temos que evitar, nesse momento, o conflito.” Ele classificou o movimento como uma “palhaçada”.
O Espírito Santo está sem a PM nas ruas porque protestos de familiares dos policiais bloqueiam as saídas dos batalhões. As famílias pedem reajuste salarial para a categoria, que é proibida de fazer greve. Desde sábado (4), o estado vive uma onda de violência com mortes, saques e assaltos.
Garcia disse, em entrevista ao Bom Dia ES, que um inquérito policial vai ser instaurado para investigar os responsáveis pela paralisação.
“Vamos ver quem está incitando. Tem gente que vai às portas dos quartéis fazer discurso, posta na internet, depois vem exigir providência por parte do governo. Tudo isso está sendo levantado”, afirmou.
O secretário disse ainda que o governo do estado não vai deixar a população capixaba desprotegida. Segundo ele, “a sociedade já sofreu demais” e, por isso, caso o movimento continue, a segurança vai ser feita por outra instituição que não a Polícia Militar.
“Infelizmente, nós gostaríamos muito que essa instituição fosse a Polícia Militar do estado do Espírito Santo, que não merece, por sua história, um movimento dessa pequenez, com pessoas explorando politicamente, com pessoas apostando no caos.
Sinto muito, mas não vamos admitir que haja qualquer tipo de movimento que deixe a sociedade de joelho. Já sofreu demais a sociedade capixaba com essa palhaçada”, afirmou Garcia.
Exército
No início da noite desta segunda-feira (6), o Exército começou a atuar nas ruas da Grande Vitória. Segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), a partir desta terça, 1,2 mil homens das Forças Armadas e Nacional estarão nas ruas de todo o Espírito Santo.
Ao cruzarem as ruas da Grande Vitória, os soldados foram aplaudidos pelos moradores, que passaram dias sem segurança.
O secretário falou que o estado está em negociação com o governo federal para aumentar o efetivo, dependendo do que vai acontecer nos próximos dias.
“O Exército está circulando, nesta terça, na região Metropolitana, também está postado nos 10 terminais do Transcol e vamos ampliando o efetivo, para chegar até o interior do estado e atender a demanda emergencial de segurança pública.
Eu sei que o cidadão capixaba está acuado, em função desse movimento irresponsável que tem sido realizado em nosso estado, que tem usado a sociedade para tentar pressionar o governo”, disse.
Reivindicações
As famílias dos policiais militares pedem, além do reajuste salarial, o pagamento de auxílio-alimentação, adicional noturno e por periculosidade e insalubridade. Também são denunciados o sucateamento da frota e falta de perspectiva de carreira.
O secretário de segurança falou que o estado não vai atender às solicitações dos PMs nesse momento de crise econômica.
“Nós não vamos desarrumar as contas públicas para atender, nesse momento, essas reivindicações. Mas nunca fechamos as portas para deixar abertas as contas, mostrar qual a realidade financeira. Quando as situações objetivas do cenário econômico melhorarem, certamente nós vamos retomar as negociações com o conjunto de servidores.”
Associação dos Oficiais Militares
O presidente da Associação de Cabos e Soldados, cabo Renato Martins Conceição, informou que representantes das cinco associações de militares se reuniram no Clube dos Oficiais, em Vitória, analisando a decisão judicial que decretou a ilegalidade do movimento.
O representante da Associação dos Oficiais Militares do Espírito Santo, major Rogério Fernandes Lima, disse que a instituição foi notificada na manhã desta segunda e que os advogados vão apresentar a defesa nesta terça.
“Fomos notificados nesta segunda, no final da manhã. Nossos advogados já se reuniram e apresentarão uma defesa hoje.
Nós acreditamos no Estado Democrático de Direito e
entendemos que as associações de classe não podem ser responsabilizadas pela multa aplicada pela Justiça, porque não fomos nós que organizamos o movimento de impedimento dos policiais saírem para as ruas. Esse movimento é das mulheres, amigos e familiares de policiais militares, com o qual, nós, enquanto associação de classe, nos solidarizamos”.
No parecer, ele diz que é um protesto velado. Mas o aquartelamento é proibido e o que pode acontecer? “O texto constitucional é claro e nos diz que os policiais militares são proibidos de se sindicalizar e de fazer greve.
Nós não fazemos greve. O que está acontecendo é um impedimento, por parte dessas pessoas, que os policiais saiam para o serviço. Até onde eu acompanhei, o comando disse que fará a distribuição do policiamento no policiamento extensivo a pé.
Se houver a caracterização de que o PM não quer ir ao policiamento, aí sim poderíamos falar em greve branca, aquartelamento. Até agora, não é o que acontece. O Policial Militar quer trabalhar, mas a família pode se manifestar.”
“É preciso deixar claro que as associações fizeram uma interlocução com o governo do estado desde o ano de 2015, apresentamos propostas que não oneram os cofres públicos, ou seja, não aumentam os gastos públicos com a Polícia Militar, propostas factíveis e não recebemos nenhuma resposta do governo", disse o major.
Segundo Fernandes, agora eles aguardam que o governo convoque as associações. "Nós estamos sempre à disposição, e convoque as senhoras, para podermos começar uma pauta propositiva de ações para terminarmos esse movimento e trazermos a paz à sociedade capixaba”, disse.
Entenda a crise na segurança no ES
– Os PMs reivindicam aumento nos salários, pagamento de benefícios e adicionais e criticam as más condições de trabalho.
– Como os PMs não podem fazer greve, as famílias foram para a frente dos batalhões para impedir a saída das viaturas policiais.
– O bloqueio começou no sábado (4) e atinge a Grande Vitória e cidades como Linhares, Aracruz, Colatina, Cachoeiro de Itapemirim e Piúma.
– Desde então, a Grande Vitória registrou 75 mortes violentas, ante 4 em todo o mês de janeiro, segundo o sindicato da Polícia Civil.
– Escolas, postos de saúde e parte do comércio estão fechados desde segunda-feira (6), quando ônibus também pararam de circular. Os coletivos voltaram a rodar na manhã desta terça (7), mas serão recolhidos novamente às 19h.
– 1.000 homens das Forças Armadas fazem policiamento na Grande Vitória desde segunda; 200 integrantes da Força Nacional começam a atuar nesta terça.
Postado por: Fernando Almeida