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A falibilidade humana e os limites da autoridade: Uma reflexão sobre o incidente em Fernando de Noronha com um delegado de polícia em crise de ciúmes.

  • Foto do escritor: Fernando Almeida
    Fernando Almeida
  • 7 de mai.
  • 3 min de leitura

Além da Falha Humana: A Injustificável Ação do Delegado em Fernando de Noronha.


O recente incidente em Fernando de Noronha, onde um delegado da Polícia Civil de Pernambuco atirou num homem desarmado, Emanuel Apory, durante uma discussão, serve como um doloroso lembrete da nossa inerente falibilidade enquanto seres humanos. É crucial reconhecer que todos nós, independentemente da nossa profissão ou posição, somos passíveis de erro. Policiais, assim como delegados, são humanos e, portanto, não estão imunes a falhas de julgamento ou reações impulsivas.



No entanto, esta compreensão da nossa humanidade compartilhada não pode, e não deve, servir como justificativa para ações que ultrapassam os limites da lei e da ética. O vídeo do incidente [https://www.tnh1.com.br/noticia/nid/video-delegado-atira-em-homem-desarmado-durante-briga-em-fernando-de-noronha/] mostra o delegado a encurralar, empurrar e, finalmente, atirar na perna de um homem desarmado. Mesmo que as alegações de "comportamento reiterado de perseguição/importunação" por parte do ambulante sejam verdadeiras, a reação do delegado foi desproporcional e injustificável.


A alegação da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de Pernambuco (Adeppe) de que o delegado agiu para "cessar a agressão e preservar vidas" não encontra respaldo na violência da abordagem inicial do delegado, que antecedeu qualquer reação por parte da vítima. A utilização de força letal, mesmo que "apenas" um disparo na perna, contra um indivíduo desarmado, levanta sérias questões sobre o uso proporcional da força e o respeito pelos direitos humanos.



Este caso exige uma reflexão profunda sobre os limites da autoridade e a responsabilidade que acompanha o poder. Espera-se que aqueles que juraram proteger e servir a comunidade ajam com profissionalismo, contenção e respeito pela lei. A falibilidade humana não pode ser usada como escudo para a impunidade. É imperativo que este incidente seja investigado a fundo e que, caso se confirme o uso excessivo de força, o delegado seja responsabilizado pelas suas ações.


A comunidade de Fernando de Noronha, ao protestar contra a violência sofrida por Apory, demonstra a sua indignação e o seu compromisso com a justiça. Esperemos que este incidente sirva como um catalisador para uma discussão mais ampla sobre a necessidade de uma atuação policial mais humana e responsável, onde a falibilidade humana seja reconhecida, mas nunca utilizada como desculpa para a violação dos direitos fundamentais.


Concluindo.


Para concluir nossa reflexão, é impossível ignorar a sensação crescente de que não é o mundo em sua essência que passa por uma metamorfose sombria, mas sim as próprias pessoas. Uma transformação preocupante nos leva a presenciar atos de violência por motivos fúteis, agressões gratuitas, a dor infligida sem remorso, a proliferação da desonestidade e da manipulação.


Parece haver uma lacuna crescente onde deveriam florescer o amor, a empatia e o desejo genuíno de uma existência plena e feliz. Para muitos, afastar-se de atitudes que refletem o pior da natureza humana seria um passo em direção a uma conduta mais alinhada com a ideia de uma força superior benevolente, uma semelhança divina que, em sua essência, é a antítese da maldade que testemunhamos. As ações, em sua maioria, ecoam essa triste realidade.


E dizer que a pior espécie sobre a terra pode ser comparada a semelhança de Deus é no mínimo ridículo. E as atitudes da grande maioria deles falam por sí. Pensem muito bem nisso, nunca é tarde para recomeçar, ainda há tempo acreditem.


FERNANDO ALMEIDA

BLOG DE INFORMAÇÕES POLICIAIS DO BRASIL

 
 
 

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