GOVERNADOR DÁ TIRO NO PÉ: JOGADA DE MESTRE OU FARSA? REPOSIÇÃO TIPO DOCE NA BOCA DE CRIANÇA AUMENTA REJEIÇÃO A JORGINHO MELLO.
- Fernando Almeida
- há 7 horas
- 5 min de leitura
TEMPORADA DE TRAIÇÃO: POLICIAIS PROMETEM DERRUBAR JORGINHO NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES.
A aprovação do que eles chamam de aumento mas na verdade é uma ''REPOSIÇÃO'' de 21,5% para servidores da segurança pública de Santa Catarina, proposto pelo governador Jorginho Mello e aprovado pela Assembleia Legislativa, até poderia ser uma boa notícia, se não viesse carregada de contradições, ressentimentos e um forte cheiro de oportunismo.

Para quem vê de fora, pode parecer um gesto nobre. Mas dentro dos quartéis, das delegacias, entre os aposentados, pensionistas e familiares dos militares estaduais, a realidade é outra. A verdade é que essa reposição chegou tarde, não compensou o descaso, e foi interpretado como uma tentativa desesperada de recuperar algum crédito político com as forças de segurança, principalmente com a Polícia Militar, a instituição mais ativa, visível e sobrecarregada do estado.
Jorginho Mello, mesmo com essa reposição ‘’GENEROSA’’, perde mais ainda o respeito da tropa. O clima dentro da PM é de revolta contida. Muitos militares dizem abertamente que o governador perdeu a confiança da categoria de forma irreversível. O motivo? A forma como ele tem tratado os homens e mulheres que arriscam a vida diariamente nas ruas, e ainda mais grave: como ele ignora os que já deram tudo de si pela farda e hoje vivem na condição de aposentados ou pensionistas.
Para esses, o nome do governador virou sinônimo de traição. Durante seu governo, atitudes consideradas mesquinhas e gananciosas marcaram profundamente os servidores da segurança pública. Cortes injustificados, promessas não cumpridas, falta de valorização real e, acima de tudo, um desprezo silencioso por aqueles que construíram a história da Polícia Militar catarinense.
A cada pronunciamento, a cada ação de marketing institucional, mais servidores se sentem manipulados, usados como massa de manobra para fins eleitoreiros. E pesquisas internas dentro da própria estrutura de segurança confirmam: se dependesse da Polícia Militar de Santa Catarina, especialmente dos aposentados e pensionistas, Jorginho Mello jamais seria reeleito.
A memória institucional é longa. Quem carrega nas costas o peso de uma vida inteira de serviço, não esquece facilmente. Uma reposição, por mais significativa que seja, que não é mesmo o caso desta em números, não apaga o que foi dito, o que foi feito, ou pior, o que foi negado.
A tropa não se compra com porcentagem. Se conquista com respeito, com presença, com escuta e principalmente com justiça. E justiça, segundo muitos policiais ouvidos informalmente, é tudo o que o atual governo não ofereceu.
Hoje, para grande parte da segurança pública de Santa Catarina, especialmente para a gloriosa Polícia Militar, Jorginho Mello é passado. E um passado que dificilmente será lembrado com bons olhos.
Jorginho Mello, ao insistir em desprezar justamente a maior base eleitoral que um político catarinense poderia sonhar em ter, os servidores da segurança pública, vem abrindo um flanco gigantesco para seus adversários políticos. E entre eles, um nome tem se destacado, cada vez mais fortalecido pela insatisfação crescente dos policiais militares, civis, bombeiros, agentes penitenciários e seus familiares: João Rodrigues.

João Rodrigues, Prefeito de Chapecó SC.
Atual prefeito de Chapecó, João Rodrigues (nascido em São Valentim, 23 de março de 1967), é mais do que um político experiente. É um comunicador nato, empresário, ex-deputado federal e estadual, e hoje está rindo à toa com os equívocos cometidos por Jorginho. Sem mover um dedo, João vem se beneficiando diretamente das atitudes impopulares do governador, especialmente no que diz respeito ao tratamento frio, calculista e, segundo muitos policiais, desrespeitoso com os profissionais da segurança pública.
Não é segredo que a Polícia Militar de Santa Catarina é um dos pilares mais influentes do estado. É a instituição que carrega nos ombros o combate direto à criminalidade, a ordem social, e o orgulho da população. E dentro da corporação, há milhares de homens e mulheres, entre ativos e veteranos, com voz ativa, inclusive muitos deles líderes de seus bairros e municípios com respeito das suas comunidades e um poder de convencimento eleitoral inestimável. Quem perde esse apoio, perde muito mais do que votos: perde a base moral de sustentação política.
Hoje, muitos afirmam que Jorginho Mello não deveria sequer cogitar reeleição. Há quem diga, com ironia e revolta, que ele não conseguiria se eleger nem para vereador, com todo respeito aos vereadores, claro. A decepção é tamanha que não se trata mais de oposição partidária, mas de uma rejeição pessoal, construída tijolo por tijolo com cada ato de ingratidão, cada promessa não cumprida, cada discurso vazio que não se refletiu na prática.
Enquanto isso, João Rodrigues só observa. Conversa com lideranças, visita batalhões, ouve os veteranos, participa de eventos públicos e, acima de tudo, se posiciona como alguém que entende o valor real de quem veste a farda. Ele não precisa atacar o governador. Basta deixar que o próprio desgaste de Jorginho fale por si. A cada nova crítica vinda dos quartéis, a cada novo protesto silencioso de pensionistas e aposentados, mais João se fortalece como uma alternativa sólida para 2026 ,e não só ele. O caminho está aberto para que outros candidatos também surfem essa onda de rejeição que aguardam como abutres em volta da carniça mais falhas da parte dele.
O eleitor da segurança pública não é ingênuo. Tem memória. E se antes havia dúvidas, hoje a certeza é que Jorginho Mello cavou sua própria cova política com a maior e mais bem articulada carta de votos de Santa Catarina. Ele subestimou o poder da indignação de quem já deu tudo por este estado. E quem faz isso, costuma pagar caro nas urnas.
VEJA COMO FICOU O ''AUMENTO'' REPOSIÇÃO:
Com aprovação unânime, os deputados catarinenses deram sinal verde ao Projeto de Lei Complementar (PLC) 3/2025, que trata do reajuste salarial para os servidores das forças de segurança pública do estado, tanto civis quanto militares. O projeto foi aprovado exatamente como proposto originalmente pelo governo estadual, sem modificações.
O reajuste será de 21,5%, distribuído em três etapas: a primeira parcela de 7,5% será concedida a partir de 1º de maio deste ano; a segunda, de 7%, passará a valer em 1º de dezembro; e a última, também de 7%, será incorporada a partir de 1º de abril do próximo ano.

Essa medida contempla um total de 36.915 servidores entre ativos, inativos, contratados temporariamente (ACTs) e os integrantes do Corpo Temporário de Inativos da Segurança Pública (Ctisp). O reajuste se estende aos profissionais da Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Científica e Polícia Penal.
A aprovação só foi possível após a retirada de uma emenda que havia sido incluída durante a análise na Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). Essa emenda previa a antecipação das parcelas, mas foi deixada de lado para garantir o avanço da proposta.
Durante a votação, os deputados Jessé Lopes, Jeferson Cardozo e Sargento Lima, todos do Partido Liberal (PL), defenderam a importância do reajuste. No entanto, Jessé Lopes fez um alerta: segundo ele, a forma como os aumentos são distribuídos precisa ser revista, principalmente para que os altos salários, como os de coronéis, não recebam o mesmo índice dos demais. “Voto a favor com dificuldade. Precisamos repensar esse modelo de reposição”, destacou.
Mesmo com o reajuste aprovado, o clima entre os servidores da segurança segue tenso. Muitos consideram o aumento insuficiente diante de anos de congelamento salarial, acúmulo de funções e falta de valorização real, principalmente para os aposentados e pensionistas, que continuam sendo os mais esquecidos pelo governo atual.
O governador de Santa Catarina acredita piamente que, com essa reposição de 21,5%, conseguiu dar um “cala boca” nos funcionários da segurança pública. Que colocou o doce na boca da criança para ela parar de chorar. Mas está redondamente enganado. A insatisfação não se apaga com reajuste de última hora, principalmente vindo de quem sempre tratou a tropa com descaso. Fica aqui um conselho direto: coloque sua barba de molho, governador. A bonança está chegando ao fim, e a tempestade, ainda que tarde, nunca falha em chegar. E quando vier, será forte, rápida e devastadora para quem plantou ingratidão como vossa senhoria.
FERNANDO ALMEIDA
BLOG DE INFORMAÇÕES POLICIAIS DO BRASIL
Comments