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DIC desmantela organização criminosa que comandava o tráfico no Buraco Quente em Araranguá/SC.

Patrão do tráfico usava irmãos para vender a droga dentro da Vila Samaria, ao todo cinco pessoas foram presas, sendo quatro da mesma família.

A sociedade de Araranguá parabeniza de pé a atitude as duas corporações de segurança pública em retirar das ruas estes bandidos que assolam a cidade.

Roberto Alves/morador da cidade.

Uma organização criminosa, que atuou durante anos na Vila Samaria, mais conhecida como Buraco Quente, no Centro de Araranguá, foi desmantelada após investigação da Divisão de Investigação Criminal (DIC) da Polícia Civil de Araranguá, presidida pelo delegado Lucas Fernandes da Rosa.

Na última sexta-feira, a autoridade policial divulgou o balanço da investigação, que indiciou seis pessoas, sendo quatro da mesma família, pelos crimes de tráfico de entorpecentes, associação para o tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo e lavagem de dinheiro.

A investigação resultou na prisão de cinco dos indiciados, apenas uma mulher, pertencente à família do chefe da organização criminosa, não teve a prisão preventiva decretada pelo judiciário.

“A Vila Samaria tem localização privilegiada, no Centro de Araranguá e há muito era dominada por uma organização criminosa, que se prevalecendo das condições geográficas do local, tinha um ambiente propício para o crime de tráfico de drogas, sem que nada fosse descoberto”, ponderou a autoridade policial.

Segundo Lucas Rosa, a investigação iniciou no mês de janeiro deste ano, quando as três primeiras prisões foram feitas e apontou o chefe da organização criminosa.

“No mês passado nós concluímos o Inquérito Policial (IP) e conseguimos identificar o chefe do tráfico, a pessoa que permitia entrar droga naquele local”, afirmou o delegado.

O IP contou com aproximadamente 400 páginas e além das prisões preventivas decretadas, também foi solicitado o sequestro de bens pertencentes à família do chefe da quadrilha. Segundo o delegado, com o dinheiro do tráfico de drogas, o “comandante do Buraco Quente”, comprou imóveis em Araranguá, Arroio do Silva e Criciúma.

Como não trabalhava e não tinha renda que justificasse a aquisição dos imóveis, o homem comprava carros e trocava os veículos por casas e apartamentos, caracterizando também o crime de lavagem de dinheiro.

Após as três primeiras prisões, ocorridas na primeira quinzena do mês de janeiro, mais dois bandidos pertencentes à organização criminosa, foram presos, um ainda no final do mês de janeiro, em flagrante pela Polícia Militar e outro no final do mês de abril, também pela PM, por força de mandado judicial, requerido pelo delegado Lucas e concedido pelo judiciário.

As prisões

Ediclésio Lopes, mais conhecido como Nego Edi, de 36 anos, foi apontado no IP como o chefe da quadrilha e preso em flagrante pela DIC no último dia 13 de janeiro.

“Nego Edi, como era conhecido no Buraco Quente, levava o negócio da narcotraficância em família com mãos de ferro e não permitia que outros traficantes fornecessem entorpecentes para o local, somente a droga fornecida por ele podia entrar na Vila Samaria”, asseverou o delegado.

Alessandra de Assunção Lopes, de 33 anos, irmã de Nego Edi, vendia a droga fornecida pelo irmão dentro do Buraco Quente, ela também foi presa no último dia 13 de janeiro. Outro irmão de Nego Edi, Cleidemar de Assunção Lopes, de 27 anos, foi preso no mesmo dia, ele também vendia a droga fornecida pelo patrão do tráfico. Nenhum dos três irmãos tinha passagem pela polícia até janeiro deste ano.

Em 31 de janeiro, outro irmão de Nego Edi foi preso em flagrante, por tráfico de entorpecentes na Vila Samaria, desta vez pela PM.

André Luis de Assunção Lopes, de 28 anos, já tinha passagens criminais e também estava na mira da investigação da DIC.

J.S.S, de 20 anos, foi apontado no IP como o braço direito de Nego Edi, ele já tinha passagem pela polícia e foi preso pela PM, por força de mandado judicial, requerido pelo delegado Lucas, no dia 25 de abril, próximo ao buraco quente.

Segundo o delegado, J.S.S era quem levava a droga aos vendedores – irmãos do Nego Edi. “Ele utilizava uma motocicleta fornecida por Edi para levar a droga, bem como levava produtos da venda para seu patrão”, declarou Lucas Rosa.

Postado por: Fernando Almeida

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