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Delegado da Polícia Federal será nomeado secretário de Administração Penitenciária.




A prisão de Raphael Montenegro representa desgaste político para Castro, que chegou a anunciar a saída dele da Seap, na semana passada, mas voltou atrás na decisão.


RIO — O delegado da Polícia Federal Victor Hugo Poubel foi escolhido pelo governador Cláudio Castro (PL) como novo secretário estadual de Administração Penitenciária. A nomeação dele para o cargo será publicada em edição extra do Diário Oficial desta terça-feira (17), após uma operação que prendeu a cúpula da pasta. Além do então secretário Raphael Montenegro — que será exonerado do cargo no mesmo ato — a Polícia Federal deteve os subsecretários Wellington Nunes da Silva, da gestão operacional, e Sandro Farias Gimenes, superintendente.


A prisão de Montenegro representa desgaste político para Castro, que chegou a anunciar a saída dele da Seap, na semana passada, mas voltou atrás da decisão, mesmo com um inquérito instaurado pela Polícia Federal e uma investigação conjunta com o Ministério Público Federal do Rio.


Aliados do governador chegaram a aconselhar a exoneração, como forma de evitar uma crise institucional, mas nem assim Montenegro foi retirado do cargo. A ação teve como objetivo desarticular um esquema criminoso na secretaria, após a retirada de cela do principal chefe da maior facção criminosa do estado, Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP.

O pedido foi feito por Montenegro, que fez uma visita à penitenciária para uma conversa com o detento no pátio.

O fato chamou a atenção da direção da unidade prisional.


Como o nornal O GLOBO mostrou, o agora ex-secretário tinha o hábito de visitar as cadeias duas vezes por semana, principalmente as do Complexo de Gericinó, na Zona Oeste, onde estão os principais chefes de facções criminosas. Um dos presos visitados pelo secretário foi Wilton Carlos Rabello Quintanilha, o Abelha, de 50 anos, solto no último dia 27.


A libertação de Quintanilha, um dos principais chefes presos no Rio, da mesma facção de Marcinho VP, causou uma controvérsia que envolveu o Tribunal de Justiça do Rio, o Conselho Nacional de Justiça, a Polícia Civil e, por último, o Ministério Público. Na época da soltura de Quintanilha, Montenegro afirmou que cumpriu o protocolo para liberar o detento, pesquisando o sistema do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) e o Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP) do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).


No entanto, ele admitiu que a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) recebeu o aviso do 3º Tribunal do Júri da Capital comunicando também sobre o mandado de prisão contra Quintanilha.


O registro no livro de portaria do presídio constando a entrada de três tortas, salgadinhos e embalagens de frango para um suposto churrasco, no dia do aniversário de Quintanilha, dia 24 de julho, também denunciado pelo O GLOBO, foi outro ponto que teve uma repercussão negativa na administração de Montenegro.


Segundo fontes, as relações dele com o Tribunal de Justiça ficaram estremecidas, apesar de o secretário ser filho de uma magistrada e enteado de um ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Castro decidiu esperar até esta terça-feira.


Fonte: G1/RJ

Postado por:Fernando Almeida



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