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Quando a segurança falha: O clamor silencioso dos Policiais abandonados por quem deveria proteger.

Em um país onde a segurança pública é constantemente negligenciada, os policiais enfrentam não apenas o perigo das ruas, mas também o abandono daqueles que deveriam apoiá-los. Este é um chamado à ação e à reflexão.


DAVI APPEL DA SILVA



O trágico caso do sargento morto na cidade de Criciúma em Santa Catarina ao tentar conter o uso de drogas em uma área escolar é mais um exemplo das pressões imensuráveis enfrentadas diariamente pelos policiais, especialmente os praças. Muitos contribuintes não têm noção da missa o terço dessa realidade, onde a pressão não vem apenas do perigo iminente das ruas, mas também das perseguições de “alguns” superiores, da injustiça imposta pelo estado, da negligência dos governos, dos políticos e até da própria sociedade, que, ironicamente, deveria ser a maior aliada.


Essa sociedade que muitas vezes se posiciona de maneira superficial e errada, opinando contra os que estão na linha de frente da segurança pública. Sim, a escolha da profissão de policial é individual, e a escolha foi de cada um e cada um sabe dos riscos. No entanto, o risco para eles não é apenas o de errar, o erro nessa profissão se paga com a própria vida. E, enquanto isso, a população continua a falar as maiores bobagens sem noção, e sem pressionar aqueles que de fato têm o poder de mudar o cenário: os senadores e deputados federais, que na nossa opinião são os segundos maiores culpados.


Essa situação não se restringe apenas ao caso do sargento assassinado. Lembrem-se do caso de Isabela Nardoni, do soldado Jefferson lá da mesma cidade, que está abandonado à própria sorte contando apenas com o suporte de sua família vítima daquele grande assalto em Criciúma, onde outras vítimas inocentes foram feitas reféns pelo chamado “novo cangaço” que de novo nada tem. E do menino Henry Borel. Todos esses casos, e tantos outros “Joãos” e “Marias” espalhados pelo Brasil, mostram que o verdadeiro culpado somos nós, o povo, que nada fazemos para pressionar quem deveria fazer a diferença.


Sim, meus queridos leitores, somos nós que, ao invés de agirmos, preferimos culpar o vizinho sem olhar para o nosso próprio telhado. Se queremos mudança, precisamos de força contra os políticos, especialmente contra aqueles do Senado Federal, que não estão nem aí nem para mim ou para você. Pensem nisso.


A indignação que sentimos ao ver esses casos trágicos se repetirem deve se transformar em ação. Não adianta apenas lamentarmos ou nos revoltarmos momentaneamente; é preciso pressionar por mudanças reais. A segurança pública é uma responsabilidade de todos, e enquanto continuarmos inertes, nada mudará. A verdade é que muitos preferem criticar os policiais, sem entender que eles são, muitas vezes, as únicas barreiras entre o caos e a ordem.


Quando um policial comete um erro, a condenação é imediata e implacável. Mas quando ele dá a vida em defesa de todos, como no caso do sargento em Criciúma, rapidamente esquecemos. A memória coletiva é curta, e a pressão que deveria ser feita sobre os políticos e governantes é transferida para os próprios policiais, que já carregam um fardo pesado demais.


A negligência dos políticos é evidente. Eles criam leis, mas não se preocupam em garantir que essas leis sejam aplicadas de forma justa. Eles prometem segurança, mas não fornecem os recursos necessários para que ela seja realmente eficaz. E, no fim das contas, quem paga o preço são os policiais, que enfrentam uma batalha desigual nas ruas, e a sociedade, que continua desprotegida.


A sociedade, por sua vez, tem sua parcela de culpa. Ao invés de se unir para exigir melhores condições de trabalho para os policiais e uma segurança pública mais eficiente, preferem apontar dedos e espalhar culpas. Mas a verdade é que, enquanto não houver pressão popular verdadeira e constante, nada vai mudar. E quem sofre com isso são os inocentes, como vimos nos casos mencionados – Isabela Nardoni, Henry Borel, e tantos outros.


Se realmente queremos uma mudança, não basta apenas esperar por ela. Precisamos agir. E a primeira ação é cobrar de quem tem o poder de fazer a diferença: os políticos. Eles precisam entender que a segurança pública não é uma questão secundária, mas uma prioridade absoluta. E isso só vai acontecer se todos nós, como sociedade, nos levantarmos e exigirmos isso de forma clara e unificada.


Enquanto isso não acontecer, continuaremos a ver mais Joãos e Marias perderem suas vidas. Continuaremos a ver policiais como o sargento em Criciúma sacrificando suas vidas sem o devido reconhecimento e, mais importante, sem a devida proteção. E no fim das contas, seremos todos culpados por não termos feito nada quando podíamos ter feito tudo.


Portanto, pensem nisso da próxima vez que ouvirem sobre mais uma tragédia. Lembrem-se de que cada um de nós tem o poder de pressionar, de exigir, e de lutar por uma sociedade mais justa e segura para todos. Não deixemos que mais vidas sejam perdidas sem que façamos a nossa parte.


E agora, governador de Santa Catarina, precisamos de respostas claras e imediatas sobre o que aconteceu em Criciúma. Por que o sargento estava sozinho naquela operação? Por que a ronda era feita por apenas um homem? A sociedade e, principalmente, a família policial exigem sua resposta, e ela não pode esperar. A classe policial está cansada de promessas vazias e de uma gestão que, ao longo do tempo, tem negligenciado aqueles que estão na linha de frente da segurança pública.


Os policiais têm vergonha do senhor governador, pela forma como têm sido tratados. Especialmente os praças, que são o alicerce da segurança nas ruas, e muito mais ainda os veteranos, que já deram o seu sangue em batalhas passadas. Esses homens e mulheres, que já enfrentaram a selva urbana e os desafios impostos por uma política suja e por políticos sem escrúpulos, merecem mais do que descaso. Eles merecem respeito, reconhecimento e, acima de tudo, apoio e dignidade.


Então de quem será a culpa neste caso? Do comandante geral ? Do comandante do batalhão ? Do governador ? Da sociedade ? Entendi, a culpa já era carta marcada. Dá uma estranha sensação de que seja do policial morto e de sua família por chorar hoje o que poderia ter sido resolvido por séculos atrás. Hipócritas !!


Tome jeito, governador! Apoie aqueles que lhe apoiam e que protegem a população todos os dias. Não falo apenas em nome dos policiais, mas também em nome de todas as famílias inocentes que estão dentro de suas casas, longe das disputas por poder, dinheiro ou fama.

São das famílias da sociedade e das famílias dos policiais que pagam o preço mais alto, que perdem seus maridos, esposas, filhos e netos em nome de uma segurança pública que deveria ser prioridade.


Governador, tome jeito! A classe policial e a sociedade Catarinense esperam uma postura digna de um líder.

Chegou a hora de mudar o rumo dessa história.


Aqui ficamos e nos solidarizamos com a família policial do Estado de Santa Catarina e com a família daquela vítima de uma sociedade sem limites e inescrupulosa.


Fernando Almeida

Blog de informações policiais do Brasil


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