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Polícia Civil de São Paulo – sem maiores custos – poderá ser extinta em 5 anos. Prova de um país que


As polícias judiciárias em todo o país menos é claro no DF estão sucateadas e despreparadas. Além do que o verdadeiro policial que trabalha com afinco nada e morre na praia, pois além de suar para montar qualquer caso que seja ao encaminhar o processo ao fórum bate na trave pela também incompetência desta justiça cega e tetraplégica.

Além do que se fizerem uma pesquisa e perguntar ao povo Brasileiro se eles estão satisfeitos com o atendimento desta instituição, de como são tratados dentro de uma delegacia ou pela maioria dos policias civis os resultados seriam péssimos com certeza.

É claro que existe sim policiais exemplares na corporação, eu mesmo conheço alguns, mas são minoria, e tudo da errado por três motivos, desmotivação profissional, baixos salários e falta e amparo de todos os lados. Além é claro do sofrimento de assédio que sofrem por parte de alguns "Deuses" delegados que adoram uma gravata e ficarem sentados atrás de suas mesas somente mandando. Mas isso um dia vai acabar, é só uma questão de tempo.

Fernando Almeida

Estado deixa de cobrir 1/6 dos cargos de delegado e 1/4 das vagas de investigador.

Sindicatos afirmam que faltam pelo menos 13.913 policiais civis, 30% do efetivo fixado; Secretaria da Segurança Pública fala em 6.749.

Na ocasião, Chahin apresentou ao titular da Segurança Pública um estudo sobre o déficit da Polícia Civil, na sede do Palácio da Polícia, em São Paulo, em que se mostrou preocupado com o envelhecimento do quadro e o número de aposentadorias, que cresce a cada ano.

Projeções apontam que, se o ritmo continuar e não houver reposição, o efetivo de delegados, que hoje tem cerca de 2,9 mil pessoas, pode chegar a 600 em três anos.

Atualmente, 560 das 3.463 vagas para o cargo – ou 16,17% – não estão preenchidas. “O claro é gigante. Hoje não tem metade dos policiais que havia quando eu entrei na Polícia Civil, há mais de 30 anos”, afirma um delegado titular que atua na capital.

Por causa do déficit, um único profissional chega a presidir 1,2 mil inquéritos. “É humanamente impossível investigar tanta coisa, não vai dar resultado nenhum”, diz George Melão, presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp).

Na prática, significa que muitas vítimas acabam sem uma resposta do Estado. E criminosos ficam impunes. Em março de 2015, a psicóloga C. R. W., de 61 anos, estacionou o carro em uma rua de Santo Amaro, na zona sul de São Paulo, quando foi abordada por um assaltante. Era fim de tarde.

A vítima gritou por socorro e chegou a entrar em luta corporal com o criminoso. Na confusão, o bandido conseguiu arrancar com o veículo, arremessando a mulher no asfalto. Ao bater a cabeça, ela sofreu traumatismo craniano. Morreu no hospital nove dias depois.

O caso foi registrado como latrocínio (roubo seguido de morte) e, segundo familiares, nunca foi esclarecido. “Já completou um ano e meio da morte e a polícia nunca deu notícia”, diz um parente, que pediu anonimato e sigilo do nome da vítima.

Para ele, a polícia não teve “nenhum interesse em investigar”. “O carro chegou a receber multa por excesso de velocidade e apareceu três meses depois, intacto. Dentro dele, havia um monte de objetos que não eram nossos: livros, óculos, peças íntimas. Não acredito que foi feita a perícia porque eu mesmo recolhi os materiais.”

Segundo dados do Sindpesp, apenas 2,5% dos crimes são esclarecidos em São Paulo. Para os casos de homicídio, o índice aumenta para cerca de 40%. Os números divergem dos da SSP, que diz solucionar 62% dos homicídios e 84% dos latrocínios. “Em termos de estrutura de trabalho, é a pior situação que eu vi. A Polícia Civil está sucateada. O trabalho de investigação parou”, afirma Melão.

O especialista em segurança pública Guaracy Mingardi diz que é preciso reequipar os quadros da Polícia Civil e dar prioridade às investigações. “A prioridade do governo tem sido manter o efetivo da Polícia Militar e deixar o da Civil de lado. Isso revela uma preocupação muito maior com a ordem do que com o esclarecimento do crime”, diz. “Atualmente, as delegacias são locais para registrar boletim de ocorrência e abrir inquérito de autoria conhecida.”

Atendimento. Em São Paulo, o déficit de escrivães e de investigadores é de 2.180 e 2.851, respectivamente, conforme os dados de abril. O número representa 24,45% e 23,84% do total de vagas fixadas para cada uma das carreiras. “A situação está pior no interior, onde as delegacias estão recebendo funcionários de prefeituras, que não são policiais.

Se tirar essas pessoas, 70% dos distritos fecham”, diz Melão.

Para João Xavier Fernandes, presidente do Sindicato dos Escrivães de Polícia do Estado de São Paulo (Sepesp), o vazio nos quadros prejudica o atendimento nos DPs. “As pessoas estão encontrando as delegacias fechadas, em razão da falta de recurso. A vítima deixar de acreditar na polícia”, diz.

Em agosto, o Estado revelou que as denúncias de má qualidade no atendimento da Polícia Civil aumentaram 18% no primeiro semestre de 2016, segundo relatório da Ouvidoria da Polícia. Foram 220 reclamações, ante 186 no mesmo período do ano anterior.

“Fui até a delegacia para que pudessem me tomar um depoimento e fazer o BO, mas encontrei pessoas mal educadas e levei ‘chá’ de cadeira”, conta o administrador Luiz Henrique Cabreira, de 37 anos, alvo de estelionato. Após aplicar um golpe, o criminoso fugiu com o celular da vítima. “Cheguei a levar a cópia de gravações do local, e nunca tive resposta. Fui três, quatro vezes na delegacia, e nada.”

SSP.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirma que o déficit no quadro da Polícia Civil foi agravado a partir de 2014, pela Lei Complementar 144/2014, que baixou em cinco anos o teto para aposentadoria de policiais e estabeleceu idade máxima de 65 anos. “Com isso, houve a aposentadoria compulsória de 862 policiais civis entre 2014 e 2015”, diz. A regra foi revogada em 2015, mas os cargos não foram restituídos automaticamente.

A pasta também afirma que incorporou por concursos 686 novos policiais, entre escrivães, investigadores e delegados, neste ano. “Ainda há investigadores e escrivães em formação na Acadepol (Academia de Polícia).”

“O governo de São Paulo adverte ainda que, além disso, não pode efetuar contratações neste momento. Isso porque, a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) prevê que o governo estadual não gaste mais de 46,55%, limite prudencial para gastos com funcionalismo”, afirma a SSP.

Segundo a Secretaria de Comunicação, São Paulo gasta 46,37% de sua arrecadação com o pagamento da folha. “A medida que as receitas caem, o porcentual de despesa não pode ultrapassar o limite da receita. O Brasil atravessa, como se sabe, a maior crise de sua história.”

A secretaria ainda destacou que o governo também tem investido na delegacia eletrônica, o que permite aos cidadãos registrar ocorrências sem a necessidade de ir a um distrito policial. Em 2011, 724,6 mil ocorrências foram registradas por meio da delegacia eletrônica.

Em 2015, o número chegou a 1.203.147, aumento de 66%. Nos primeiros seis meses de 2016, 613 mil ocorrências foram registradas por meio da Delegacia Eletrônica. “Além disso, desde 2011, a Policia Militar passou a registrar ocorrências nas suas unidades, com o propósito de aumentar as opções do cidadão”, completa a nota oficial.

Ouvidoria já alertou sobre a necessidade de abrir concursos

A queixa que lidera o ranking de reclamações da Ouvidoria das Polícias do Estado de São Paulo atualmente se refere à má qualidade no atendimento policial à população. No caso da Polícia Civil, que faz os registros dos delitos nas delegacias e tem contato direto com o público, esse número de queixas é consequência direta da falta de policiais para um bom atendimento. Só analisando esse dado já seria possível afirmar que o baixo número de policiais civis traz prejuízos a toda a população.

Mas há mais. Um atendimento com falhas e alvo de reclamações traz como uma das consequências os erros nos registros estatísticos. Com pouca gente para atender as vítimas de crimes, muita gente desiste de fazer relato de seus casos. Outros registros podem conter erros. Assim, as estatísticas podem ficar incorretas.

Com dados que não refletem a realidade, o trabalho de planejamento e investigação policial pode ficar comprometido.

Essa é uma questão urgente e é preciso que a Secretaria Estadual da Segurança Pública se sensibilize sobre o tema, abrindo os concursos públicos que se fazem necessários. A Ouvidoria já procurou o governo em mais de uma ocasião para informar sobre esse assunto e policiais e a sociedade esperam que se encontre uma solução.

Postado por: Fernando Almeida

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